sábado, 16 de julho de 2011

Dia 15/07/2011


Queria eu poder usar, quem sabe, palavras difíceis. Entupir meus textos com conteúdos positivados , não falar besteiras e, se falar ou citar, que sejam ao menos interessantes . Eu gostaria imensamente de não me perder nestes devaneios tão bem programados.
Meu coração, tão frágil , tão intenso , tão mergulhado em seus próprios batementos não me deixa mentir. Me denuncia de tal forma que todos decifram meu código descomplicado. Tenho tanta tristeza nele. Se o que ouço está correto, pobre dele, que é tão pequeno, do tamanho de meu punho... igualmente pequeno. Não é desejo meu, de maneira alguma, me causar tanta angústia; não sou masoquista , por mais que pareça.
Estou presa em meu passado e não vejo um futuro brilhante para quem está tão habituado com o fracasso.
Queria, deveria mexer comigo. Fico pensando , às vezes, se eu não teria sido mais feliz se continuasse exatamente onde estava. Se ao menos eu não tivesse esquecido de quem eu era! Me pego encarcerada a esse corpo sem definição , sem movimento uniforme . Estou fadada ao nada. Se eu fosse, se eu sou, se eu vou...são tantas partículas apassivadoras; passiva que sou.

Um comentário:

  1. Texto muito bom, Arky. Tenho certeza que muitas pessoas se indentificarão, pois ele denuncia em prosa, sendo poético ao mesmo tempo, as angústias tão comuns a maioria de nós.

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